terça-feira, 29 de junho de 2010

Aos mestres, com agonia

Eu insisto, eu insito, eu insisto. Eu sigo acreditando nas pessoas por mais que elas me provem a cada novo segundo o contrário. Logo eu que sempre me considerei desesperançosa, enxergo uma esperança infantil e ridícula em mim. Tento ser mais flexível, arrisco uma conversa durante um programa de televisão, tento um jantar num sábado à noite, sugiro um barzinho num lugar recém inaugurado. Aceito até ir pra aquela praia quando não estou com a mínima vontade. Eu insisto, eu insisto. Por medo de não ser forte o suficiente ou de ser simplesmente.. fraca. Minha pele está toda ferida, meus músculos estão completamente tensos, meu ossos doem. Os distúrbios mentais dominam a minha mente podre. Tenho pesadelos de noite e de dia o desconforto e a angústia não me deixam concentrar em nada. Estou vazia de qualquer sentimento bom. Aqui dentro do peito só lateja uma amargura doída. As lágrimas já são parte do meu rosto. Os soluços de choro estão virando íntimos. E nos desbafatos pelos bares escuto uma colecão de clichês, um punhado de merda em forma de conselhos. Estou rodeada da mais pura incompreensão. Todos gritam no meu ouvido, mas ninguém quer saber de uma palavra que meu coração tenta há tempos dizer. Sou cada vez mais só. Afasto todos com essa minha tristeza profunda que vocês plantaram em mim. Eu insisto, eu insisto, mas olha, vocês estão deixando cicatrizes perpétuas na minha alma.

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