quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Casa nova, silêncio antigo.

Rodo a chave
e dou um passo lento
para dentro de casa.
Não há ninguém sala.
Subo os degraus rastejando
e me jogo na cama macia.
Escuto ruídos da TV ligada
do quarto ao lado.
Minha mãe está em casa.
Minha presença
não faz a mínima diferença.
Continuo deitada
fitando o teto branco.
Meus pensamentos fervilham.
As questões são as mesmas
Por que você não tem interesse por mim?
Por que você não quer me ouvir?
Por que você sempre foi tão...
ausente?
A porta do quarto ao lado se fecha.
A TV é desligada.
Eu continuo imóvel na cama macia
repousando o corpo já que
descansar a mente é impossível.
E volto a me perguntar
será que quando eu for embora
você chegará a notar minha falta?

Um comentário:

  1. A ausência é sempre notada quando ela é real.
    Ótimo seus textos ;D

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Xingue, grite, jogue confetes.