terça-feira, 23 de junho de 2009

Ninguém tem paciência com pessoas que bebem. Se eu não bebesse, também não teria paciência. Não ia gostar de ver os indíviduos como realmente são. As pessoas que bebem são as que menos têm limites. Mais uma cerveja e outra e quando se dá conta o dia já amanheceu.Provavelmente, não iremos manter nossos empregos. É bem provável também que não tenhamos renda fixa. Seremos despedidos depois de não conseguimos levantar por culpa da ressaca. Isso senão virarmos a noite tomando a saideira, que jamais será a última. Nossos conjugês reclamarão das vezes que chegamos tarde, por vomitarmos de madrugada e por trocarmos um passeio romântico pelo bar. Bebemos para comemorar alguma conquista ou para esquecermos algum problema que nos aflinge.Fugimos de tudo, de todos. Simplesmente porque, a realidade nos cansa.Quando bebemos conseguimos nos expressar melhor, escrever melhor. Quando bebemos no tranformamos naquela pessoa que a maioria do tempo tentamos reprimir ou ignorar. Falamos o que pensamos, fazemos o que queremos e mandamos a moral pra merda.Dizem que ficamos mais engraçados, mais efusivos e até mesmo mais inteligentes.Inventamos um mundo nosso, sem regras e restrições.Divagamos sobre inutilidades, criamos teorias, aumentamos possibilidades.De fato, não temos limites. Mas existe coisa mais chata que uma vida com limites?Quem bebe quer ir além. Passamos por cima daquele maldito super ego, que insiste em nos tranformar em cidadãos pateticamente normais.A cada gole de cerveja me sinto mais livre. Meus medos são deixados de lado.Conseguimos arrancar da nossa fraca memória cada palavras que queremos dizer.Conseguimos ser nós mesmos, sem ficarmos angustiados pela reação que a sociedade pode vir a ter.Se existe prova que o ser humano pode ser autêntico, essa prova pra mim é o álcool.

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